Translate

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O SABER ESCASSEIA, A ESTUPIDEZ ABUNDA

quanto mais estúpidas mais desconfiadas são as pessoas


Não é só o meio  em que nascemos e em que vivemos que nos faz, mas também.
Não é só a hereditariedade que diz de nós, mas também.
Nem estas duas juntas são responsáveis,completamente.
Claro que há muita gente a ficar devidamente calado durante anos com tanta prática que têm deste método e apenas quando abrem a boca é que se percebe.
Hoje assisti a uma fatia de estupidez/ignorância/caciquismo/tudo que se passa por este país afora.
Entrei na biblioteca da Vila, quase exclusivamente frequentada por quem se serve dos computadores
Quis consultar um nº de telefone na NET e logo um frequentador daqueles serviços me informava que a maioria dos computadores se encontravam avariados, que a funcionária da biblioteca não aparece o maior número de dias e quando vem chega atrasadíssima, que já tinha reclamado da situação junto da CM mais que uma vez, mas que se encontrava tudo na mesma.
Perguntei-lhe se já tinha reclamado por escrito, disse-me que não. Propus-me ensinar-lhe a fazer a reclamação,por escrito,para ter um registo da data  da reclamação.
Então fantástica  saga aconteceu, como de costume aliás, tantos anos após  eu fazer a minha primeira reclamação. Aqui vos descrevo os passos hilariantes, se não nos custassem dinheiro.

1º) solicitamos o respectivo livro. O funcionário da recepção, único existente no momento,informou que não havia livro de reclamações, quem quisesse reclamar que fosse à CM.

2º Pedi para falar com a responsável (a tal que só vinha quando o rei faz anos). Disse-me que não estava. Eram 10,30h.

3º) Então que providenciasse no sentido de obter o livro para se efectuar a reclamação, disse. Nessa altura já dizia que o livro estava no gabinete da chefe fechado à chave.

4º) solicitei um telefonema para a CM, diz que não sabia o nº de telefone. O reclamante foi obter o nº de telefone através da NET e  telefonei para a CM, a expensas próprias, sem obter qualquer tipo de resultado já que também tem o sistema gravado, talvez para ser mais fácil os funcionários ficarem em casa e apenas virem receber o ordenado ao fim do mês.

5º) Após um telefonema do recepcionista para a dita chefe, verificando que não se desistia do objectivo primeiro e tendo sido informado que não sairíamos dali sem fazer a reclamação no livro de reclamações, aparece a dita chefe após 15m.
Finalmente foi-nos fornecido o livro que estava no gabinete dela, fechado.
Fez-se a reclamação. Quando disse ao reclamante para me fornecer a sua identificação, já que era de lei, aí o homem vacilou e gostaria de ter recuado, mas acabou por não o fazer. Tendo-lhe explicado a ele e aos 2 funcionários como se processava a reclamação.
Enquanto tudo isto decorria a chefe chamava-me de querida e muito simpática, dizia-me que tivemos muita sorte porque ela própria deveria estar a cantar as Janeiras para o Sr. Presidente da República e não haveria livro de reclamações para ninguém e ria-se.
Rindo também, informei-a que não tinha percebido adequadamente o que se tinha passado, mas que ela era a única responsável por toda a situação anómala e que o livro tinha que estar disponível com ou sem ela.
Hilariante esta situação se não fosse um espelho do nosso país do interior.
Revela o caciquismo na forma de contratação do pessoal para os organismos públicos, pagos por nós, a noção da responsabilidade dos ditos chefes e não só.
Esta CM é do PS, mas podia ser de qualquer outro partido.
É este o país que temos, mas convém que cada um de nós ajude os outros a serem cidadãos, temos obrigação disso, não podemos apenas constatar que é assim e nada mais.

Cereja do final da história:
Enquanto o reclamante tentava escrever, tentava eu  tirar umas fotografias aos presépios expostos. Eis senão quando o recepcionista que não recepcionava, vem de rompante ter comigo, dando-me uma ordem de proibição total e absoluta de tirar fotografias.
Perguntei-lhe onde estava isso escrito e que me mostrasse, mas o dito cujo apenas proibia proibindo, tipo polícia do antigamente.
Nesse momento, depois de ter ensinado tanta gente a ser cidadão, de acalmar a estagiária que se sentia responsável não sei de quê, ainda tive com esforço, confesso, de explicar com maiúsculas, ao recepcionista não recpcionante a diferença entre público e privado e que não podia dar as ordens que lhe apetecesse nem fazer o que não era estipulado pela lei,normas de serviço, o que fosse e que só o deveria fazer se se pudesse estribar nalgum documento escrito.
UMA CANSEIRA! SER CIDADÃO DÁ TRABALHO, MAS TEM QUE SER, É UM DEVER!


Sem comentários :