pretende ser um amiguinho da sua criadora e também um pequeno cabide de simplicidades quotidianas
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segunda-feira, 5 de maio de 2008
Quando nos confrontamos com muitos nomes iguais ao nosso
Há,logo à partida, uma rejeição primária. E a minha identidade e o meu ser único?
Então somos um e somos muitos?Este(a) um(a) podia ser aquele que ali está também.
Pilhas de Helenas Soares. Mesmo com o apelido aparecem muitas.
Fiquei, confesso, insatisfeita de todo este convívio.
Como seriam as minhas homónimas?
Delas apenas sabia a profissão, mas desconhecia se enquanto criaturas tinham evoluído ou se tinham estabilizado numa idade. E os seus afectos tinham evoluído?
Será que alguma(s) dela(s) bocejava quando se aborrecia ou aborrecia-se mas não bocejava?
E quantas voltas davam à colher ao mexer o açúcar na chávena?
Qual delas não utizava açúcar? Boa!,como diz a minha sobrinha Eva, podia-se ir por aí. Íriamos distingui-las pelo seu grau de "avareza".
De que cores gostavam? Quem ainda usava cêra virgem para arrancar pêlos do queixo? Será que faziam todas depilação eléctrica?
E qual delas disfarçava a fadiga com o humor?
De facto, é perturbador, procurarmos o nosso nome na Internet e encontrarmos várias que não somos nós. Então só nos resta a saudade do fomos. Porque antes éramos só nós.
Utilizei então um truque: desliguei o computador, embora bastasse clicar no rato e mudar de sítio.
E alguma coisa aconteceu.Dissolveram-se os outros meus eus que não eram os eus meus.
Rodeei-me de novo, dos meus pequenos segredos, de gestos que comandavam os meus códigos "domésticos".
Gostava de perfumes e parecia que muitos se cruzavam à frente do meu olfacto. Sorri então, lentamente.
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2 comentários :
Faltou responder sobre a pergunta que me faz no seu comentário sobre quem comete crimes...
Penso que o meio onde a pessoa vive também tem muita influência naquilo que é ou virá a ser.
Todos nós temos que saber avaliar tudo o que nos rodeia, mas por vezes o hábito que se instala de tanto ver repetidas determinadas situações não acabará por ser normal para certas pessoas.
Isto é muito complexo, e sabe bem, que por vezes, não conseguimos descernir muito bem o que é o mal ou o que é o bem.
Tem dúvidas que hoje estamos numa sociedade do "salve-se quem puder...? Eu não, e por isso sou confrontada todos os dias com notícias que me chocam porque não foi a minha educação e fogem às regras com que fui educada: as do respeito pelo próximo.
Mas o meio em que se vive pode tornar o crime natural. E será fácil sair desse meio?
Um tema que tem muito que se lhe diga HN.
só agora vi este comentário, que pena... já nem interesse tem responder, mas tb não sei de quem é e gosto pouco de gente anónima
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